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Cientista de dados: o que faz e onde pode atuar

Conheça o mercado de trabalho para quem se forma em Ciência de Dados e as competências mais buscadas nesse profissional

 

O cientista de dados é um profissional importante para as corporações, porque é ele quem interpreta os dados coletados e tem insights que auxiliam a tomada de decisão da empresa. Flavio Marques Azevedo, coordenador da graduação em Ciência de Dados e Negócios da ESPM foi entrevistado no episódio #71 do Primeira Jornada, podcast da ESPM que te prepara para o mercado de trabalho, para falar sobre essa profissão necessária a todas as organizações que querem se destacar no mercado. Confira alguns trechos da conversa:

 

O que é ciência de dados

Até alguns anos atrás falava-se muito em big data, que é a coleta de um grande volume de dados. Hoje, recorre-se à ciência de dados para processar esses dados e começar a trabalhar com grandes resoluções de problemas usando inteligência artificial, que nada mais é que criar um modelo preditivo ou um sistema de classificação de informações.

 

“Toda empresa que se considera com potencial precisa ter uma cultura data driven, ou seja, uma cultura orientada a dados. Isso é fundamental para a sobrevivência de qualquer empresa”, enfatiza Azevedo. Para isso, são necessários profissionais cada vez mais capacitados em minerar os dados, separá-los e interpretá-los.

 

Porque o cientista de dados é importante

O cientista de dados trabalha com os olhos voltados para o futuro e pensa a longo prazo, para criar um novo modelo que vai ser o mais apropriado para a empresa ter um potencial significativo de competição no mercado.

 

Por exemplo, para uma emissora de televisão prever qual o melhor programa para entrar em determinado horário da programação, para atingir um público-alvo específico, é necessário um modelo de classificação. Esse modelo é entregue pelo cientista de dados, e justamente porque ele existe as empresas não erram mais como antigamente.

 

O que faz um cientista de dados

Para explicar como é a coleta de dados e quais são os três principais cargos da carreira em dados, Azevedo faz uma analogia com o ciclo do ouro. Primeiro, é necessário extrair o ouro e quem faz isso é o engenheiro de dados. Com o ouro é possível confeccionar um anel ou uma corrente, e quem trabalha o metal para dar vida às joias é o cientista de dados. Para vender esses produtos recorre-se a um profissional que tenha conhecimento, o cientista de dados cidadão, que é um analista de dados.

 

O engenheiro de dados atua nos bastidores e deixa tudo pronto para o cientista, que deve ter conhecimento aprofundado em linguagem de programação, ao passo que o engenheiro de dados tem que ser bom em infraestrutura, segurança e processamento de grandes volumes de dados. O analista, por sua vez, tem papel muito importante de tomada de decisão. “Mas vai ser um usuário avançado em dados, então vai estar um pouco fora da engenharia e da ciência de dados”.

 

Mercado de trabalho para o cientista de dados

Atualmente, as grandes empresas financeiras estão aquecendo muito a área de ciência de dados. Todos os bancos, seja no Brasil ou no exterior, estão procurando cientistas e engenheiros de dados, mas principalmente cientistas.

 

“Eles podem ter uma amplitude de mercado de trabalho muito grande, então qualquer empresa que tenha dados para serem analisados precisa desse tipo de profissionais”, explica o coordenador da ESPM. “Tem estudantes que estão no setor de cimento, no agro, no setor financeiro e em empresas de varejo. A gente praticamente tem 100% dos estudantes trabalhando já no início do terceiro ano”.

 

Ciência de Dados e Inteligência Artificial  

A inteligência artificial automatiza processos e, de certa forma, o que os profissionais fazem em ciência de dados é automatizar processos. Como lidam com grandes volumes de dados, os profissionais trabalham com treinamento e geram um modelo que vai ser utilizado pela empresa.

 

Uma graduação em Ciência de Dados ensina os estudantes a trabalharem com modelos que usam a inteligência artificial. Eles vão entender como funciona um algoritmo de classificação ou um algoritmo de recomendação, como os da Netflix e Spotify, e vão conseguir gerar novos modelos.

 

Como é a graduação em Ciência de Dados e Negócios da ESPM

 

“Toda carga horária mais importante vai ser dada no primeiro e segundo ano, porque a nossa carga horária é mais alta do que qualquer outra instituição de ensino” explica Azevedo. “Os estudantes, no final do segundo ano, começam a procurar estágio. Isso indica que eu já consigo entregar um cientista de dados para começar a fazer um estágio”.

 

No terceiro e quarto ano, um grande diferencial da ESPM são as eletivas, que elevam o nível de entrega de conhecimento e de aprendizagem pelo estudante. De acordo com o professor, a escola oferece praticamente uma especialização dentro da graduação, porque em oito eletivas a carga horária é muito próxima do que seria uma especialização.

 

Como resultado, esses alunos entram no mercado com um valor agregado de expertise que aumenta sua remuneração em relação a alunos de outras instituições de ensino. “Então a gente tem estudantes no terceiro ano que já são contratados naturalmente e no final do quarto ano eles já têm um nível de remuneração altíssimo”.

 

Na prática, significa que a empresa que contrata um profissional formado na ESPM não precisa ensinar o estagiário, porque ele sai da faculdade com um nível de conhecimento muito próximo do que o mercado precisa.

 

Conheça a Graduação em Ciência de Dados e Negócios da ESPM

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Roberta De Lucca
Jornalista colaboradora do Núcleo de Conteúdo ESPM
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SEED Program

ESPM, em parceria com a Gorom Association (https://gorom.org/en/), está promovendo uma colaboração acadêmica que visa a desenvolver habilidades de empreendedorismo social, liderança e comunicação intercultural, o que permitirá um aprofundamento da compreensão do desenvolvimento de negócios globais a quatro estudantes selecionados para participar do programa, que se iniciou em julho e culminará em uma apresentação de resultados em dezembro de 2023.

O programa deste ano envolve a preocupação com a revitalização da economia local no Japão, país que tem enfrentado o envelhecimento da sociedade e a baixa taxa de natalidade e que, juntamente com outros fatores econômicos, tem imposto muitos desafios para o desenvolvimento dos negócios. Na edição deste ano, os participantes serão divididos em quatro grupos de pesquisa, envolvendo os setores de saquê, vinho, joias e têxteis, para desenvolverem soluções de propostas concretas de negócios.

Para isso, ao longo de cinco meses do programa, os participantes serão capacitados por meio de aulas, debates, realização de pesquisas e orientações, a desenvolverem suas propostas. Essas atividades serão realizadas online, mas, ao final do programa, será realizado o Study Tour ao Japão, que oferecerá uma oportunidade para os alunos levarem as habilidades e conhecimentos que adquiriram e aplicá-los de forma prática.

Serão cerca de 12 dias, em que os estudantes finalizarão as consultas e as pesquisas de campo, conversarão com especialistas, produtores locais e líderes comunitários antes da apresentação de suas conclusões, em um “Pitch Final” aos empresários e outros stakeholders-chave na cidade de Yamanashi, em dezembro de 2023.