Professores das áreas de Direito, Marketing Digital e Tecnologia da ESPM analisaram o recente anúncio da Meta sobre o fim da checagem de fatos em suas plataformas. De acordo com Mark Zuckerberg, CEO da Meta, a regulação de conteúdos será substituída por um sistema de “notas da comunidade”.
Para Marcelo Crespo, professor e coordenador dos cursos de Direito da ESPM, em matéria para o Portal Terra, os primeiros impactos serão sentidos pelos internautas dos Estados Unidos, enquanto no Brasil ainda não está claro quais mudanças serão implementadas.
“Eles podem passar a encontrar maior conteúdo de fake news, discurso de ódio, de publicações que digam respeito a situações ilícitas, desinformativas, agressivas. Porque se a plataforma parar de fazer o fact-checking, significa que o trabalho de identificar esse tipo de publicação vai passar a ser da própria comunidade que vai colocar notas em cada uma dessas publicações a respeito do seu conteúdo.”
João Finamor, professor de marketing digital, disse ao O Globo que o anúncio da Meta segue uma adequação aos posicionamentos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. E João Vitor Rodrigues, também professor de marketing digital da escola, vê um agravamento dos problemas de desinformação. “Se mesmo com equipes de verificação de fatos, já vimos inúmeros problemas, incluindo fraudes, golpes, danos a pessoas e personalidades, a partir de agora os financiadores dessas ações poderão fazer prevalecer suas táticas”, disse ao Propmark.
João Finamor
João Vitor Rodrigues