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O que é ESG e qual sua importância

Professor de ESG da ESPM explica o que de mais importante você precisa saber sobre o tema que está transformando o universo corporativo  

 

Marcus Nakagawa, professor de ESG da ESPM e autor do livro 101 Dias Com Ações Mais Sustentáveis Para Mudar o Mundo, tem propriedade de quem trabalha há décadas com sustentabilidade para explicar o que é ESG. Sigla que se transformou em sinônimo de empresa preocupada com o meio ambiente, a sociedade e a governança corporativa. 

   

Confira a seguir o que você precisa saber sobre esse tema: 

 

O que é ESG? 

ESG é a sigla de Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança). Em 2005, a ONU divulgou um relatório que sugeria que as empresas de todo o mundo adotassem práticas para zelar por fatores ambientais, sociais e de governança. Apesar disso, o termo não teve aderência e somente em 2021 ganhou visibilidade, por meio de uma carta enviada anualmente por Larry Fink para seus clientes. Na carta, o presidente da BlackRock, maior empresa de fundos de investimentos do mundo, chamava a atenção para a necessidade urgente de as empresas implantarem o ESG. 

 

Para que serve o ESG? 

O ESG se propõe a melhorar a gestão administrativa por meio de ações que cuidem do relacionamento com fornecedores, distribuidores, funcionários, clientes e comunidades próximas à empresa, que zelem pela preservação do meio ambiente e cuidem do relacionamento com os governos. Nesse leque tão amplo, o ESG diz respeito a todos os setores de uma empresa e, por esse motivo, os profissionais, principalmente a liderança, precisam se atualizar e dominar os três indicadores do ESG. 

 

Quais são os indicadores ESG? 

 

Ambiental  

A maior parte da produção mundial causa algum tipo de impacto no meio ambiente e na sociedade. Por isso as empresas precisam pensar em métodos que atendam requisitos de gestão ambiental e promovam a economia circular. Para isso, é necessário gerenciar ou acompanhar junto aos fornecedores e distribuidores todos os processos produtivos: da extração da matéria prima ao seu potencial de reciclagem. 

 

Social  

As questões sociais dizem respeito a produzir sem mão de obra infantil ou análoga à escravidão e a garantir a qualidade de vida no trabalho de todos os colaboradores. Não raro a empresa treina fornecedores para atenderem as suas exigências e melhorarem seus processos produtivos e cria programas educacionais com os seus funcionários, a fim de que eles pratiquem esse conceito em suas vidas. Também são realizadas ações junto a clientes como, por exemplo, orientar quanto ao descarte correto de pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes. 

 

Governança  

Tudo o que uma empresa faz deve atender a legislação e estar alinhado com o cumprimento de todas as questões burocráticas que se relacionam com zelar pela governança corporativa. Por isso as empresas precisam ser transparentes ao comunicar seus objetivos para a diretoria, conselhos, stakeholders e órgãos públicos. A clareza reflete o relacionamento da corporação com o público externo (fornecedores, sociedade e ONGs) e interno. 

 

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SEED Program

ESPM, em parceria com a Gorom Association (https://gorom.org/en/), está promovendo uma colaboração acadêmica que visa a desenvolver habilidades de empreendedorismo social, liderança e comunicação intercultural, o que permitirá um aprofundamento da compreensão do desenvolvimento de negócios globais a quatro estudantes selecionados para participar do programa, que se iniciou em julho e culminará em uma apresentação de resultados em dezembro de 2023.

O programa deste ano envolve a preocupação com a revitalização da economia local no Japão, país que tem enfrentado o envelhecimento da sociedade e a baixa taxa de natalidade e que, juntamente com outros fatores econômicos, tem imposto muitos desafios para o desenvolvimento dos negócios. Na edição deste ano, os participantes serão divididos em quatro grupos de pesquisa, envolvendo os setores de saquê, vinho, joias e têxteis, para desenvolverem soluções de propostas concretas de negócios.

Para isso, ao longo de cinco meses do programa, os participantes serão capacitados por meio de aulas, debates, realização de pesquisas e orientações, a desenvolverem suas propostas. Essas atividades serão realizadas online, mas, ao final do programa, será realizado o Study Tour ao Japão, que oferecerá uma oportunidade para os alunos levarem as habilidades e conhecimentos que adquiriram e aplicá-los de forma prática.

Serão cerca de 12 dias, em que os estudantes finalizarão as consultas e as pesquisas de campo, conversarão com especialistas, produtores locais e líderes comunitários antes da apresentação de suas conclusões, em um “Pitch Final” aos empresários e outros stakeholders-chave na cidade de Yamanashi, em dezembro de 2023.