Entenda o impacto que um setor de recursos humanos bem-sucedido pode ter na marca empregadora
O setor de recursos humanos é fundamental para a reputação de uma empresa. Responsável pela implementação de políticas de gestão, o RH cuida de toda a jornada do colaborador. Para Ligia Oliveira, Professora na ESPM e Especialista em Carreira e Head de Employer Branding na Cia de Talentos, cada interação molda a percepção que as pessoas têm da empresa.
“Em um mundo de transparência, onde a voz do time é amplificada pelas redes sociais, o RH é a área que assegura a coerência entre o que a empresa promete e o que realmente entrega”, declara a especialista.
A relação entre a área de recursos humanos e a construção da reputação de uma empresa será um dos tópicos de discussão no Stand ESPM no CONARH 2025, evento de RH e gestão de pessoas que será realizado entre os dias 19 e 21 de agosto, em São Paulo. Entenda a importância do tema:
RH e a construção da reputação de uma empresa
“A reputação de uma empresa é a soma de todas as experiências que as pessoas têm com ela, seja como cliente, fornecedora ou, principalmente, como parte do time”, explica Oliveira.
Segundo Lilian Dorighello, Professora na ESPM e Especialista em Comunicação, Cultura Organizacional e Marca Empregadora, o RH bem estruturado e que tem o apoio da alta gestão da companhia pode conectar cultura, propósito e práticas do dia a dia. “A forma como uma empresa cuida de quem já está dentro dela é o que mais influencia como ela será percebida por quem está fora”, afirma.
Ela revela que os colaboradores são as vozes mais potentes da marca empregadora: “Se eles se sentem respeitados, ouvidos e orgulhosos por pertencer àquele contexto, tornam-se multiplicadores dessa imagem. A construção é sempre de dentro para fora: reputação é consequência de uma cultura vivida, não apenas comunicada”.
Boa reputação em RH
Independente da área de trabalho, a reputação precisa ser construída com base em três elementos: confiança, coerência e consistência. No caso do setor de recursos humanos, Dorighello ressalta duas vertentes importantes: os colaboradores e os líderes.
No caso dos funcionários, a especialista considera que o RH precisa ter coragem para encarar o lado brilhante e o lado obscuro da cultura empresarial e a experiência que a empregadora proporciona aos trabalhadores. “É preciso mapear a jornada do colaborador – do processo seletivo ao desenvolvimento – e trabalhar para que cada momento seja positivo e autêntico.”
Ao mesmo tempo, os líderes devem ser preparados para se tornarem exemplos vivos dessa cultura, guiando com transparência, oferecendo caminhos de crescimento e ouvindo os colaboradores. “Apesar de muitas empresas terem uma variedade de possibilidades de escuta e pesquisa, coletar dados é diferente de analisá-los e colocá-los em prática”, analisa a professora.
Benefícios que o RH pode trazer
A principal vantagem que um RH bem-sucedido traz a uma empresa é a atração de talentos. “Isso contribui para a manutenção de pessoas que fazem a diferença, e para a criação de um clima em que a inovação e a colaboração florescem”, explica Dorighello.
Trata-se de um trabalho a ser feito em conjunto com as lideranças, de forma a garantir que essa cultura permeie toda a empresa. A especialista aponta que organizações com práticas consistentes ganham espaço em rankings, recebem indicações espontâneas de seus colaboradores e constroem uma rede de embaixadores de maneira orgânica.
“Basta olhar para organizações que integram cuidado, cultura e performance. Elas colhem resultados não só em engajamento interno, mas também em valor de marca, credibilidade e até vantagem competitiva.”
Outra consequência é o aumento do comprometimento e da produtividade da empresa. “Quando o ambiente de trabalho é saudável e as pessoas se sentem conectadas ao propósito, o vínculo aumenta”, diz Oliveira. “Pessoas engajadas são mais produtivas, criativas e se dedicam mais a resolver problemas e inovar. A reputação, nesse caso, é um reflexo direto do engajamento dos times.”
Papel do candidato
As especialistas indicam alguns sinais aos quais os candidatos devem ficar atentos para terem uma ideia da cultura da empresa:
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- Avaliações de funcionários e ex-funcionários em plataformas como o Glassdoor e o Indeed;
- Tom e coerência da comunicação nas redes sociais da companhia;
- Posicionamento da empresa em rankings de clima e cultura;
- Processo seletivo: “Muitas vezes, a forma como você é tratado como candidato também diz sobre como pode ser tratado como colaborador”, explica Dorighello.
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