Especialista explica como setor de recursos humanos pode transformar conflitos de gerações no ambiente de trabalho em oportunidades de inovação e integração
Lidar com conflitos geracionais no ambiente de trabalho sem comprometer a produtividade e o clima organizacional é um dos maiores desafios que a gestão de pessoas já viveu.
“O papel do RH é vital e fundamental, porque ele tem dois caminhos: mediar situações de conflitos que poderão surgir, e promover um ambiente que proporcione inclusão e colaboração entre as multigerações”, afirma Roberto Hirsch, Professor na ESPM e Especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional.
Este será um dos tópicos de discussão no Stand ESPM no CONARH 2025, evento de RH e gestão de pessoas que será realizado entre os dias 19 e 21 de agosto, em São Paulo. Saiba mais sobre o tema:
Redução de conflitos
Segundo Hirsch, o primeiro passo para lidar com conflitos de gerações no ambiente de trabalho é compreender as características, valores e expectativas de cada grupo. “Cada geração tem seu histórico, que molda comportamentos e necessidades. Não dá para usar um padrão único de comunicação, é preciso diversificar as estratégias e torná-las claras e específicas para cada público”, explica ele.
Ele ressalta que o RH deve desenvolver as equipes em duas frentes, capacitando cada geração e ampliando a percepção sobre como as demais atuam. “Quando a gente conhece cada geração, fica mais fácil integrá-las.”
A mediação de conflitos, a promoção do diálogo e a criação de experiências que evidenciem o valor de cada geração para a inovação são ações-chave para se ter bons resultados.
Origem e integração
Hirsch destaca que a comunicação é um dos principais pontos de tensão entre as gerações: “Existem diferenças no estilo de comunicação e na interpretação. A geração Z e a geração alfa, por exemplo, têm dificuldade de comunicação escrita, o que pode gerar problemas na troca de mensagens por e-mail”.
O professor aponta que estereótipos também alimentam conflitos, como quando jovens são vistos como “presunçosos” ou mais velhos são rotulados como “ultrapassados”. Para ele, o RH precisa atuar para derrubar preconceitos e transformar essas diferenças em colaboração.
Há uma série de práticas recomendadas para integrar as diferentes gerações. O especialista cita atividades que favoreçam a compreensão mútua, além da mentoria reversa, que é quando profissionais mais jovens compartilham conhecimentos, especialmente tecnológicos, com colegas mais experientes.
Estes, por sua vez, podem transferir conhecimento para as novas gerações, garantindo a continuidade e evitando a perda de expertise. “Essa troca é fundamental”, destaca.
O perfil das gerações no mercado
- Baby boomers: mais conservadores, valorizam estabilidade e carreiras sólidas;
- Geração X: adaptável, vivenciou a transição analógica-digital;
- Geração Y (millennials): digitais nativos, focam em objetivos pessoais e qualidade de vida;
- Geração Z: altamente conectada, com interação social majoritariamente virtual;
- Geração alfa: exigente, busca flexibilidade e não se adapta facilmente a burocracias.
Diversidade geracional como motor de inovação
Para transformar a diversidade etária em vantagem competitiva, Hirsch recomenda que as empresas mantenham equipes mistas, com gestores preparados para trabalhar diferentes perfis.
“O RH precisa identificar as habilidades únicas de cada geração e integrá-las. Isso passa por reter talentos, promover adaptações de linguagem e desenvolver competências como comunicação, tomada de decisão e apresentação de projetos”, pontua o especialista.
O grande diferencial competitivo das organizações que lidam bem com conflitos de gerações no ambiente de trabalho é a criação de equipes que conversam, colaboram e minimizam tensões.
“Quando se minimizam conflitos, a força de trabalho se volta para a solução de problemas, tomada de decisão e trabalho em equipe. Isso reduz o etarismo e derruba estereótipos”, revela.
Ele lembra que empresas que já praticam a integração geracional, como algumas do Vale do Silício, colhem resultados significativos: “As novas gerações valorizam saúde mental e qualidade de vida. O RH que entender isso e incorporar no seu padrão de gestão terá resultados expressivos”.
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