Coordenador da Graduação em Ciência de Dados e Negócios da ESPM compartilha a sua perspectiva sobre o futuro da profissão
Saber analisar e interpretar dados é uma habilidade cada vez mais valorizada no mercado de trabalho, o que aumenta a procura por profissionais especializados, como os cientistas de dados. Mas quais serão as oportunidades e desafios dessa profissão nos próximos anos?
Este foi o tema do episódio 110 do Primeira Jornada, o podcast da ESPM que te prepara para o mercado de trabalho. Na conversa, Flavio Marques Azevedo, Coordenador da Graduação em Ciência de Dados e Negócios da ESPM contou o que o futuro reserva para essa área.
Por que essa profissão está em alta no mercado?
De acordo com o especialista, a evolução de novas tecnologias, como a inteligência artificial, impulsionou a geração de dados, atualmente produzidos em grande escala.
Nesse cenário, o papel do cientista de dados torna-se essencial: é ele quem analisa esse volume massivo de informações e extrai insights estratégicos, que orientam as empresas a tomar decisões mais assertivas.
Tendências atuais do mercado de dados
O professor listou algumas transformações já em andamento na área e mostrou como os cientistas de dados podem aproveitar as oportunidades que elas oferecem. Confira:
1) Áreas emergentes
Além do cientista de dados, existem outros profissionais que são fundamentais nesse processo de transformar dados em estratégias de negócio.
Um deles é o engenheiro de dados, responsável por organizar e armazenar essas informações.
Azevedo destacou que a parceria entre os dois é de suma importância “Para que o cientista de dados possa trabalhar, é essencial ter ao lado um engenheiro de dados.”
Nesse time, há também o engenheiro de prompt, responsável por criar e otimizar comandos para os sistemas de inteligência artificial. “Tem que ser um profissional que domine línguas, porque ele vai precisar saber perguntar.”
Outro especialista que deve ganhar mais destaque no mercado de trabalho é o que cuida da segurança e privacidade dos dados. “É alguém para investigar os pontos de vulnerabilidade e entender se aquilo que está acontecendo abrirá brechas dentro da empresa.”
2) Inteligência artificial
Para o especialista, a tecnologia deve ser considerada uma extensão do ser humano. “Eu não a vejo como substituta, e sim como aliada. Vou na linha do transumanismo, segundo a qual a tecnologia está aqui para ajudar a realizar o trabalho de forma mais rápida.”
Mesmo com a automatização, o fator humano sempre será importante. “É o ser humano que tomará a decisão, baseado naquilo que é apresentado pela inteligência artificial”, explicou.
“Eu não vou delegar para a IA tomar a decisão no meu lugar. Até porque, se eu fizer isso, vou correr o risco de algo muito sério acontecer, de que ela tome uma decisão que não deveria ser tomada.”
De acordo com Azevedo, as ferramentas de IA podem assumir tarefas operacionais, o que abre caminho para que os profissionais se envolvam em atividades mais estratégicas e intelectuais. “Precisamos nos preocupar em dar oportunidades para as pessoas poderem migrar de uma posição para a outra.”
3) Streaming de dados
Trata-se do fluxo contínuo de dados em tempo real. Essa tecnologia pode proporcionar insights imediatos, já que as informações são processadas conforme são geradas. Ainda assim, Azevedo alerta que é preciso ter cautela em sua utilização.
“Sabemos que os dados em tempo real podem motivar uma venda ou a compra de ações. Por isso, são muito usados no setor financeiro”, afirmou. “Mas tomar decisões apenas porque algo acontece em um momento específico é algo que não devemos levar em consideração”, completou.
Segundo ele, o streaming de dados só deve embasar decisões em casos críticos. “Caso contrário, nossas escolhas devem se apoiar em padrões”, explicou.
Por essa razão, os dados devem ser armazenados em plataformas. “Para tomar uma decisão hoje, eu preciso treinar a IA. E, para treiná-la, esses dados precisam estar guardados em algum lugar.”
Diferenciais do nosso curso
Além de formar cientistas de dados, a Graduação em Ciência de Dados e Negócios da ESPM – autoridade em Marketing e Inovação voltada para negócios – também prepara os estudantes para atuar na área de engenharia de dados.
“Formamos profissionais completos, aptos a trabalhar em qualquer tipo de empresa ou área”, destacou o professor. “Um dos nossos diferenciais é que eles são recrutados diretamente na faculdade, e temos ótimos resultados.”
Para o especialista, essa preparação que o ensino superior proporciona é o que faz com que os estudantes ganhem maturidade para enfrentar os desafios da profissão.
“Precisamos de profissionais maduros, e isso não vem do nada, não é rápido”, pontuou. “O tempo que eles passam no ensino superior é importante para que cheguem ao mercado com condições de resolver problemas”, completou.
Confira o episódio completo e fique por dentro do assunto: