Ciências Sociais e do Consumo: conheça a área

Entenda como funciona esse segmento e quais são as possibilidades para os egressos de Ciências Sociais e do Consumo no mercado de trabalho 

Na área de Ciências Sociais e do Consumo, acompanhar as mudanças dos hábitos e preferências das pessoas e entender seus impactos no mercado é fundamental.  

No episódio 111 do Primeira Jornada, o podcast da ESPM que te ajuda a escolher uma carreira e refletir sobre o seu futuro profissional, Caio Favero Marchi, Coordenador da Graduação em Ciências Sociais e do Consumo da ESPM, fala sobre os principais desafios e tendências desse setor.  

Áreas de atuação 

Segundo Marchi, o cientista do consumo pode atuar em diferentes segmentos. “Hoje temos muita gente trabalhando em institutos de pesquisa e departamentos de marketing dentro das empresas. Outras atuam na área de planejamento de agências de publicidade”, revelou. Outra possibilidade é a entrada no mundo acadêmico, seguindo da graduação para o mestrado e depois para o doutorado. 

“Basicamente, qualquer tipo de profissão ou empresa que tenta ou precisa entender melhor o seu consumidor é um espaço possível deste profissional trabalhar”, explicou o professor. “No fim do dia, elas [as empresas] precisam entender com quem estão dialogando.” 

Marchi destacou que os profissionais das Ciências Sociais e do Consumo possuem muitas das características valorizadas atualmente no mercado, como o pensamento crítico. “Com toda essa questão da IA e da tecnologia mais presentes no nosso dia a dia, também é muito importante que haja pessoas que pensem, critiquem, olhem para isso de uma maneira mais analítica”, apontou. 

Tendências das Ciências Sociais e do Consumo 

Para o especialista, os algoritmos estão entre as principais questões que têm afetado o universo do consumo. “A gente sabe do potencial que as redes sociais têm em construir padrões de consumo”, destacou. “É muito interessante pensar, então, como essas plataformas e criadores de conteúdo têm um potencial enorme para ditar alguns tipos de comportamento.” 

Esse movimento tem como consequência o que Marchi chamou de “achatamento nos hábitos de consumo”, em que as pessoas consomem cada vez mais os mesmos serviços, experiências e produtos porque os algoritmos recomendam conteúdos parecidos para cada indivíduo.  

“Não é a única variável que a gente tem, mas acho que a tecnologia vai desafiar, cada vez mais, a forma como entendemos esses processos dentro do comportamento de consumo”, afirmou ele. “Ter o olhar crítico, saber pensar e questionar é fundamental, sempre.” 

Dados e comportamento  

De acordo com o professor, ter acesso aos dados é bastante valioso para quem quer entender o comportamento humano: “Isso pode guiar muitas decisões e contribuir cada vez mais para que a gente entenda o consumidor e consiga traçar estratégias pertinentes”. 

Essa lógica pode ser aplicada a diferentes áreas, como a arquitetura, por exemplo: é possível usar os dados para pensar em espaços mais interessantes e propícios para receber as pessoas, locais onde elas possam interagir mais.  

“Como isso tem um impacto na vida e nas sociedades de uma forma geral, acho que nenhuma área vai passar ilesa por essa popularização das IAs. Mas eu vejo isso como algo positivo, que pode trazer uma série de benefícios.” 

Ciências Sociais e do Consumo na ESPM 

Coordenador da Graduação em Ciências Sociais e do Consumo na ESPM, Marchi considera o curso contemporâneo, por misturar as disciplinas clássicas das Ciências Sociais com outras voltadas para os conceitos de marketing e compreensão do comportamento humano.   

“É um curso do futuro, que alia o entendimento do ser humano e do comportamento ao universo mercadológico e ensina como aplicar esses conhecimentos no dia a dia das empresas. É uma graduação super alinhada ao que está sendo demandado no mercado.” 

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