Entenda como os seus hobbies e as suas habilidades desenvolvidas fora do trabalho podem te ajudar profissionalmente
Os seus hobbies podem te ajudar na vida profissional. Praticar esportes, fazer artesanato, tocar instrumentos musicais, dançar, atuar… No episódio 118 do Lifelong Cast, o podcast do profissional em constante movimento, Adriana Gomes, Coordenadora Nacional de Carreira e Mercado na ESPM, fala sobre as mad skills — as habilidades fora de série.
“A gente fala de soft skills, hard skills e agora veio a mad skills, que são conhecimentos excepcionais”, disse Gomes. “Ou seja, uma pessoa que consiga desenvolver alguma habilidade excepcional que não seja para o trabalho.”
O que as mad skills trazem para o ambiente de trabalho?
É comum que, durante processos seletivos, entrevistadores perguntem aos candidatos quais são seus hobbies. Para a coordenadora, todo conhecimento e experiência que acontece fora do trabalho podem contribuir para ele: “São habilidades que vão sendo desenvolvidas e que podem, de uma forma ou de outra, contribuir também com o lado profissional”.
Ela citou como exemplo o trabalho em equipe presente em esportes coletivos, bem como o foco e a atenção necessários ao lidar com artes manuais. “Existem muitos interesses por trás da pergunta [do RH no processo seletivo], até para saber se a pessoa tem interesse que não seja só o trabalho”, explicou.
De acordo com Gomes, os recrutadores veem as mad skills com bons olhos. “Se o candidato se destaca numa modalidade, num conhecimento, é um ponto favorável, já que ele desenvolve competências que vão além das técnicas profissionais e que podem, eventualmente, contribuir indiretamente para o trabalho dele.”
Importância dos hobbies
Segundo ela, as soft skills podem ser desenvolvidas a partir de experiências com hobbies. “Pessoas que aprendem música, por exemplo, precisam ter uma escuta mais ativa. Parece que não, mas pode estar desenvolvendo essa habilidade a partir de um hobby”, exemplificou. “Já quem que trabalha com arte, pintura e cerâmica, pode estar desenvolvendo a resiliência de lidar com materiais diferentes e com o resultado da sua obra.”
As mad skills também reforçam que o profissional tem outros interesses além do trabalho, o que pode ser importante nas relações interpessoais. “É muito chato a pessoa que só fala de trabalho, que não tenha nenhum outro interesse na vida a não ser o profissional e não enriquece a conversa com interesses diversos”, pontuou a coordenadora.
Vale monetizar os hobbies?
Gomes pede cautela aos que buscam identificar, dentro dos próprios hobbies, futuras oportunidades de trabalho: “O hobby, geralmente, é uma atividade que te tira do trabalho. É algo que você associa com um momento de lazer, distração, relaxamento”.
Para ela, vale fazer o teste, desde que o profissional tenha em mente que essa transição nem sempre funciona. “Quando você precisa transformar esse hobby em algo que tem que dar resultado financeiro para a sua subsistência, isso já o transforma completamente”, argumentou.
“Vejo pessoas que se deram bem fazendo isso e foram bem-sucedidas. Há quem diga que não existe diferença entre ter um hobby e transformá-lo em trabalho, porque a satisfação é a mesma. Mas há pessoas que tentam e acabam perdendo o hobby.”
Saiba mais sobre o assunto assistindo ao episódio na íntegra:
Leia também
13 técnicas e ferramentas para você memorizar o que estudou