A Band abordou na matéria – Geração Z vive críticas por rejeitar Word e Excel, mas não se submete a qualquer trabalho – o paradoxo vivido por essa geração no mercado de trabalho. Embora sejam nativos digitais, muitos jovens, nascidos entre 1995 e 2010, enfrentam críticas por não dominarem ferramentas tradicionais como Word, Excel e PowerPoint. Ao mesmo tempo, são reconhecidos por seu poder de barganha, recusando trabalhos que não condizem com seus valores ou que não oferecem boas condições.
A professora de liderança e carreira da ESPM, Lilian Cidreira, avalia esse comportamento dos mais jovens não como um poder superior ao de gerações anteriores, mas como um fenômeno condizente com a contemporaneidade digital desse perfil. Na análise, destaca elementos positivos e negativos dessa conduta, sobretudo a partir do consumo de conteúdos on-line que exploram recortes de uma suposta vida profissional perfeita.
“Uma vez que existe essa pressão [dos mais jovens por melhores condições e flexibilidade sobre trabalho remoto], existe, também, o lado das empresas tendo que se adaptar [aos anseios da Geração Z]. Qual o lado negativo? Muitas vezes, esse comportamento espelha um desejo de uma vida muito perfeita [da rede social de terceiros], e a gente sabe que vida perfeita não existe”, diz.
Lilian Cidreira