Slimbi: a startup que desenvolve o primeiro game de skate do Brasil

Conheça a Slimbi, startup de produção audiovisual que foi uma das cinco empresas selecionadas no processo seletivo da BASE ESPM, a incubadora da instituição

A Slimbi é uma das cinco startups selecionadas para fazer parte da BASE, a incubadora da ESPM. O processo seletivo teve como foco Empresas Nativas Digitais Verticais (DNVB’s).

Fundada em 2023 pelas irmãs Gabriela e Mariana Barbosa, a Slimbi é uma produtora audiovisual multifacetada, que atua nas áreas de produção, direção, vídeo, fotografia, pós-produção, roteiro e cenografia.

Como nasceu a Slimbi?

A Slimbi, cujo nome é uma homenagem a um personagem chamado “Slimbi Lumba” criado pelo pai das jovens, é fruto de duas mulheres empreendedoras que tinham o sonho de conquistar espaço no mercado criativo. Para isso, tiveram que enfrentar diversos desafios, inclusive o de ingressar na área.

“Nos sentíamos perdidas sobre como começar. O mercado criativo é glamourizado e, muitas vezes, parece inacessível, como se fosse reservado apenas para pessoas famosas ou internacionais”, explica Gabriela, egressa da Pós-Graduação ESPM.

Quando perceberam que os conteúdos disponíveis sobre esse universo mostravam apenas um lado idealizado, elas notaram uma oportunidade. Mesmo sabendo que existem diversas formas de atuar no mercado, as irmãs não conheciam canais de mídia que mostrassem o processo “por trás das câmeras” com histórias reais e acessíveis.

“Então pensamos: por que não criar esse espaço e mostrar que o mercado criativo é feito também por pessoas comuns, com trajetórias diversas e inspiradoras?”, conta Gabriela. As irmãs tiveram ajuda dos sócios Bernardo e Daniel Assunção para colocar o projeto em prática.

Segundo ela, a Slimbi trabalha com outras empresas, marcas, artistas e pessoas que “buscam investir no audiovisual como uma ferramenta imprescindível da comunicação de suas identidades e dos seus produtos”.

Além dos serviços oferecidos, a startup desenvolve quadros autorais em suas redes sociais (Portraits, Docs, Angles, Mics e Talks) que abordam os processos da indústria do entretenimento.

Missão

Embora tenha iniciado sua atuação no mercado com entrevistas e produção de conteúdo, a Slimbi nunca teve como objetivo ser apenas um portal de mídia. “Nosso maior propósito é fomentar a comunidade criativa, promovendo novas ideias e a troca entre profissionais de diferentes áreas”, destaca Gabriela.

“Acreditamos que a melhor forma de criar é em conjunto e que a comunidade é extremamente importante para que o mercado do entretenimento cresça no Brasil.”

A comunidade, ao criar um espaço de inspiração, networking e troca de experiências, fortalece a presença da Slimbi no mercado: “Quando começarmos a lançar nossos próprios projetos, como jogos, filmes e outras criações, já teremos um público que nos acompanha, que entende nossa trajetória e acredita no que estamos construindo”.

Jogos digitais

Entre as vertentes da Slimbi está o jogo “No Comply”, o primeiro videogame de skate brasileiro. Com uma premissa de corrida infinita, o jogador deve percorrer a cidade enquanto não é capturado por um segurança.

Com previsão de lançamento para 2026, o jogo será disponibilizado gratuitamente nas plataformas IOS e Android dos smartphones. “O objetivo é inserir a Slimbi no mercado de videogames independentes do Brasil e desestigmatizar e aumentar a visibilidade do skate como uma cultura valiosa”, ressalta Gabriela.

“Qualquer pessoa, independentemente da sua condição financeira, poderá jogar esse jogo. Ele é extremamente democrático e inclusivo. Teremos personagens paratletas e uma customização completa de tons de pele e tipos de cabelo”, revela Mariana.

BASE ESPM

Com escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, a BASE ESPM proporciona às startups acesso a mentorias especializadas, workshops, networking com investidores, bem como a estrutura da própria ESPM.

Para Gabriela, fazer parte da incubadora da ESPM pode contribuir na estruturação de negócios da Slimbi, tornando a empresa mais sustentável e lucrativa a longo prazo e nas suas relações comerciais.

“É uma grande conquista. Empreender é um risco e, na área criativa, mais ainda. Nos dedicamos muito nos últimos anos e isso soa como uma reafirmação de que estamos no caminho certo, que os nossos esforços estão sendo reconhecidos”, finaliza.