Veja as possibilidades de usar o ChatGPT de forma ética e mantendo identidade própria para aprender mais (e melhor)
O uso de inteligência artificial na educação deixou de ser uma previsão futurista para se tornar uma realidade nas salas de aula e nas mesas de estudo. Mas, afinal, o ChatGPT é uma ferramenta de “cola” ou um assistente poderoso de aprendizado?
No episódio 68 do Primeira Jornada, o podcast da ESPM que te prepara para o mercado de trabalho, Edney Souza, Professor da ESPM, explicou como transformar a IA em uma aliada ética e eficiente.
Ajudante, não oráculo
O primeiro passo é alinhar as expectativas. Souza alertou que ferramentas como o ChatGPT não são bases de conhecimento infalíveis, como uma enciclopédia, mas sim executores de tarefas baseados em linguagem.
“Ele tem uma taxa média de erro de cerca de 10%”, pontuou o professor. Por isso, confiar cegamente na informação gerada é um risco. O segredo para o sucesso não está apenas em fazer perguntas, mas em dar comandos (prompts) claros e específicos, tratando a IA como um estagiário que precisa de instruções precisas.
Técnicas para aprender com IA
Em vez de pedir apenas a resposta pronta, Souza sugeriu o uso da IA para personalizar o método de ensino. Se um conceito está difícil de entender, por exemplo, peça para o ChatGPT explicar de maneira didática ou solicite analogias com temas que você gosta, como esportes ou música.
Outra estratégia poderosa é a criação de simulados: “Você pode pedir para a IA criar cinco questões de múltipla escolha sobre o texto que você acabou de ler e, depois, pedir para ela corrigir e explicar onde você errou”. Isso transforma a leitura passiva em estudo ativo.
Armadilha do copia e cola
O uso ético da ferramenta é um dos pontos centrais da conversa. Para Souza, o ChatGPT deve ser utilizado para gerar rascunhos e estruturas, mas nunca o trabalho final.
“A IA não tem vivência, não tem pele em risco, não sente dor nem amor”, refletiu. O diferencial do estudante está na humanização: pegar o texto base da IA e reescrevê-lo com seu próprio vocabulário e, principalmente, inserir histórias e experiências pessoais, algo que o algoritmo é incapaz de criar de forma genuína.
Motivação
Sabe aquela disciplina que parece não ter conexão nenhuma com sua futura carreira? De acordo com Souza, a inteligência artificial pode ajudar a encontrar sentido nela, perguntando diretamente à ela: “Como a matéria X impacta meu futuro profissional como Y?”.
Ao entender a aplicação prática do conteúdo, o engajamento e o interesse pelo estudo tendem a aumentar naturalmente.
Além do texto
O universo da IA vai além do ChatGPT: ferramentas como o Gamma (para criar apresentações de slides) e a brasileira Clarice.ai (focada em revisão ortográfica e de estilo) são opções mais específicas e que superam o ChatGPT em suas respectivas áreas, sendo bons recursos complementares para a vida acadêmica.
Assista ao episódio completo:
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