Coordenador de Administração da ESPM e gerente da Robert Half falam sobre como identificar as tendências para o futuro do trabalho – e como se preparar para ele
O futuro do mercado do trabalho foi tema de um dos episódios do podcast Primeira Jornada, produzido pela ESPM, que recebeu como convidados Marcelo Guedes, coordenador do curso de Administração da ESPM no Rio de Janeiro, e Leonardo Berto, gerente da consultoria Robert Half. A conversa abordou o impacto da tecnologia nas transformações que ocorrerão no mercado de trabalho e o que pode se tornar tendência no futuro. Confira alguns destaques dessa conversa:
PISTAS DE COMO SERÁ O FUTURO DO TRABALHO
Já que não há como prever com precisão como será o trabalho nos próximos anos, os entrevistados comentaram sobre pistas que podem apontar futuras possibilidades de atuação. “Quando a gente olha para esse macroambiente, culturalmente, socialmente, tecnologicamente, vemos tantas mudanças e começam a aparecer as pistas. Essas pistas mostram as tendências futuras”, diz Guedes.
Os especialistas afirmam que as mudanças estão atreladas principalmente aos avanços e transformações da tecnologia. “À medida que surgem novas tecnologias, os processos são alterados. Não importa a área de atuação. Uma área muito mecânica, muito operacional se torna analítica. Mas, com isso, surgem demandas específicas”, afirma Berto.
“A própria pandemia trouxe mudanças de comportamento que alteraram radicalmente o comportamento das organizações”, exemplifica Guedes. “Sempre que a gente fala de uma alteração de processo – e eu estou falando de processos analógicos que se tornaram processos digitais –, isso impacta diretamente em mudança de comportamento e atitude”, comenta Berto.
QUAIS SERÃO AS PROFISSÕES DO FUTURO?
O avanço tecnológico, além de criar mais oportunidades para os profissionais da área de tecnologia, deve abrir espaço para as novas profissões. “Hoje, a transformação digital é uma realidade para todos os segmentos. Então, a carreira em tecnologia e todas as suas variações estão muito em alta”, afirma Berto. “Tudo o que vem relacionado a esse avanço em termos de ganho de tecnologia e transformação digital vai estar em alta, e é uma carreira que merece ser olhada com atenção”, acrescenta.
Guedes cita o exemplo das plataformas digitais, que são nichos em que surgiram novas funções. “O crescimento das redes sociais está promovendo um novo profissional. Um profissional que vai vender, que vai se comunicar. Quando eu falo isso, envolve desde jornalistas, profissionais de comunicação até profissionais de administração e de tecnologia”, comenta.
QUAIS PROFISSÕES VÃO DESAPARECER?
Os entrevistados concordam que a automatização está tomando lugar em posições operacionais. “Hoje, nós temos muito mais o profissional que analisa, interpreta e interage”, diz Guedes. Para Berto, essa transição será gradual, porque nem todas as empresas estão no mesmo patamar de evolução tecnológica. “Quando a gente fala de posições que podem perder espaço, isso não é uma coisa de um ano para o outro necessariamente”. O importante, destaca, é se manter alinhado com as tendências.