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O que são soft skills e como as desenvolver

Especialistas explicam o que são essas habilidades, como adquiri-las e quais são as mais desejadas pelo mercado 

 

A rápida evolução tecnológica e o surgimento de novas profissões exigem profissionais dotados de conhecimento técnico, mas também de habilidades pessoais específicas. Mas o que são soft skills e como as desenvolver? Para responder a essas perguntas sobre essas habilidades emocionais, conversamos com Cristiano Amaral, coordenador acadêmico do ESPM LifeLab, o laboratório de aprendizagem da ESPM, e com Adriana Gomes, coordenadora nacional da área de Carreira e Mercado da universidade. 

 

“Embora em alguns casos os robôs estejam substituindo o homem, estão sendo criados postos para os quais a máquina não está pronta e é aí que aumenta a necessidade de profissionais desenvolverem essas habilidades emocionais aplicadas ao trabalho”, afirma Amaral. As hard skills, claro, são necessárias, mas as competências emocionais são fundamentais para o crescimento na carreira. 

 

Como desenvolver soft skills 

 

O professor explica que o relatório “Education for Life” classifica as competências em três grupos: cognitivas (pensamento crítico, estratégia, processos de aprendizagem, memória e criatividade), interpessoais (expressão de ideias, interpretação e resposta aos estímulos de terceiros) e intrapessoais (autoconhecimento para lidar com as próprias emoções). 

 

O desenvolvimento dessas habilidades pode acontecer no dia a dia, com o profissional se adaptando conforme as coisas vão acontecendo, ou pelo estudo, que é a melhor alternativa. Para isso, os profissionais fazem cursos de educação continuada, buscam conteúdos em ambientes como o ESPM Lifelab e investem no autoconhecimento por meio de terapia ou mentoria com especialista em carreira, entre outros recursos. 

 

Quais são as soft skills mais valorizadas pelo mercado?  

 

De acordo com Adriana Gomes, uma pesquisa da empresa de recrutamento Robert Half apontou as 5 competências socioemocionais mais valorizadas do mercado: comunicação, adaptabilidade, flexibilidade, perfil analítico e senso de dono. “Essas habilidades estão em alta e fazem contrapartida com as hard skills, ou seja, capacitações técnicas mais concretas como ter domínio avançado do Excel, proficiência em um idioma ou saber fazer edição de imagens.” 

 

Confira a seguir o que são essas soft skills valorizadas pelo mercado – e conheça ainda outras competências que devem ser cultivadas por quem quer crescer.: 

 

Comunicação 

Saber se comunicar com clareza e objetividade é imprescindível. Isso também vale para a comunicação escrita, que deve ser bem redigida e com as pontuações gramaticais certas. Uma vírgula em um lugar errado ou uma interrogação ausente podem fazer muita diferença em um e-mail ou projeto. 

 

Adaptabilidade 

O profissional que se adapta com facilidade e rapidez às mudanças de métodos e processos, literalmente cresce no trabalho. Às vezes é necessário humildade e contar com o conhecimento dos mais jovens, que podem ter mais facilidade para aprender as novidades da empresa e passar esse conhecimento adiante. 

  

Flexibilidade 

A flexibilidade está relacionada com a adaptabilidade, já que para mudar é necessário deixar a rigidez de lado. Uma pessoa flexível não reage negativamente a novos processos, tampouco a questionamentos de outros sobre a possibilidade de algo ser feito de maneira diferente para se chegar ao mesmo resultado. 

 

Perfil analítico ou visão estratégica  

Nenhum líder deve se atrelar a fórmulas de sucesso, porque hoje em dia quase tudo muda muito rápido. É preciso estar atento ao mercado, ao comportamento do consumidor e às tendências, já que esse conjunto aponta caminhos e inspira o desenvolvimento de projetos e novos produtos. 

 

Senso de dono  

Quem está alinhado com os valores e os objetivos de uma empresa, detecta quando algo precisa mudar para a melhoria dos processos internos e apresenta propostas efetivas de transformação. 

 

Gerenciamento do tempo 

A administração do tempo é necessária para o gestor dar conta do que tem que fazer, sem perder o envolvimento com a equipe. Isso implica em gerenciar a agenda e estabelecer prioridades. Atender as demandas urgentes, saber dizer não para o que pode ser resolvido depois e também respeitar o tempo dos outros, dando feedbacks e se programando para não atrasar ou chegar atrasado em reuniões. 

 

Liderança 

O bom líder não é aquele que manda, mas o que trabalha baseado em visão humanista. Em outras palavras, significa observar os membros da equipe para identificar suas potencialidades, extrair o melhor de cada pessoa e estimular o seu desenvolvimento profissional.  

 

Persuasão  

Persuadir consiste em influenciar com base em argumentos bem fundamentados. A liderança que tem essa capacidade desenvolvida consegue convencer os outros quanto ao seu ponto de vista, porque sabe defendê-lo com consistência. 

 

Trabalho em equipe 

Indivíduos têm valores, ideias, opiniões e métodos distintos e um bom líder enxerga essas diferenças com naturalidade e paciência. Gestores atentos à equipe percebem quando algo não vai bem com alguém e, portanto, não exigem que a pessoa dê o seu melhor em um dia ruim. Além disso, têm flexibilidade para aceitar que as pessoas fazem as coisas de um jeito diferente do seu e mesmo assim chegam ao resultado esperado.  

 

Gestão de conflitos 

Perspicácia, inteligência emocional, escuta ativa, senso de justiça, comunicação assertiva e habilidade de negociação são qualidades necessárias para a gestão de conflitos. Um gestor dotado dessas capacidades não entra em conflito. Ao contrário, se vale dessas ferramentas para administrar crises. 

 

 

Núcleo de Conteúdo ESPM
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SEED Program

ESPM, em parceria com a Gorom Association (https://gorom.org/en/), está promovendo uma colaboração acadêmica que visa a desenvolver habilidades de empreendedorismo social, liderança e comunicação intercultural, o que permitirá um aprofundamento da compreensão do desenvolvimento de negócios globais a quatro estudantes selecionados para participar do programa, que se iniciou em julho e culminará em uma apresentação de resultados em dezembro de 2023.

O programa deste ano envolve a preocupação com a revitalização da economia local no Japão, país que tem enfrentado o envelhecimento da sociedade e a baixa taxa de natalidade e que, juntamente com outros fatores econômicos, tem imposto muitos desafios para o desenvolvimento dos negócios. Na edição deste ano, os participantes serão divididos em quatro grupos de pesquisa, envolvendo os setores de saquê, vinho, joias e têxteis, para desenvolverem soluções de propostas concretas de negócios.

Para isso, ao longo de cinco meses do programa, os participantes serão capacitados por meio de aulas, debates, realização de pesquisas e orientações, a desenvolverem suas propostas. Essas atividades serão realizadas online, mas, ao final do programa, será realizado o Study Tour ao Japão, que oferecerá uma oportunidade para os alunos levarem as habilidades e conhecimentos que adquiriram e aplicá-los de forma prática.

Serão cerca de 12 dias, em que os estudantes finalizarão as consultas e as pesquisas de campo, conversarão com especialistas, produtores locais e líderes comunitários antes da apresentação de suas conclusões, em um “Pitch Final” aos empresários e outros stakeholders-chave na cidade de Yamanashi, em dezembro de 2023.