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Design thinking: o que é e como funciona

Conheça a abordagem do design thinking, por meio da qual é possível avaliar possibilidades e soluções para pessoas e empresas 

 

Você já ouviu falar sobre design thinking? Trata-se de uma abordagem centrada no ser humano que usa o processo científico para entender melhor as necessidades das pessoas em relação a produtos ou serviços. Apesar de ser mais conhecida no contexto de empreendedorismo e negócios, essa prática pode ser aplicada a qualquer situação que envolva seres humanos.  

 

 

O que é design thinking? 

O termo design thinking, em português, significa “pensamento do design” ou “pensar como designer”. Mas, afinal, do que se trata essa metodologia? 

 

“O design thinking é uma abordagem para inovação centrada no ser humano, que se baseia no kit de ferramentas do design para integrar as necessidades das pessoas, as possibilidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso dos negócios”, definiu Tim Brown, Presidente da IDEO, empresa de design e inovação referência em design thinking. 

 

O objetivo é criar inovações e solucionar problemas a partir do maior número de perspectivas possíveis a partir de pilares e fases. Segundo Marcelo Pimenta, Professor de Gestão da Inovação e Design Thinking na ESPM, a metodologia deve partir de uma perspectiva de alta empatia com os envolvidos, do consumidor final a fornecedores, gestores e comunidade, entre outros.  

 

“O processo do design thinking consiste em buscar, mapear e mesclar a visão de mundo, a experiência cultural e também os processos inseridos na vida dos indivíduos envolvidos, com o objetivo de ter uma perspectiva completa para atender a um determinado objetivo”, explica Pimenta. 

 

Esse objetivo pode ser desde a solução de um problema até o desenvolvimento de um produto. A partir desse processo, é possível identificar desafios e criar soluções inteligentes e viáveis.  

 

 

Como surgiu o design thinking? 

Pimenta associa a origem do design thinking à Escola de Design Bauhaus, que revolucionou o design ao combinar métodos e técnicas que resultam em serviços e produtos que são, ao mesmo tempo, funcionais, esteticamente belos e que oferecem uma boa experiência ao usuário. 

 

“O conceito foi se cristalizando em Stanford, na década de 1970, com a publicação dos livros Engenharia Criativa, de John R. Arnold, e Experiences in Visual Thinking, de Roberto H. McKim, que também traziam a ideia dessa abordagem focada no usuário”, afirma o professor.  

 

O termo foi formalizado na década de 1990 pela IDEO, mas só se popularizou de fato depois de 2006, ao ser reconhecido no Fórum Econômico Mundial e sair nas capas de revistas como Harvard Business Review e HSM Management. 

 

 

Pilares do design thinking 

De acordo com o professor, não basta usar ferramentas e buscar soluções com foco no usuário para alcançar resultados: é importante utilizar os pilares nos quais o design thinking se estrutura. Veja quais são eles: 

 

  • Empatia: é importante ter um time diversificado e motivado, que tenha vontade e meios para exercer a empatia. Isso significa compreender as dores do cliente, indo além da observação dos sintomas para entender as causas; 

 

  • Colaboração: após definir o aspecto do problema a ser resolvido, é o momento de o time usar ferramentas e métodos que estimulem a criatividade para gerar soluções inovadoras — quanto mais, melhor; 

 

  • Prototipação: as ideias que fazem mais sentido são prototipadas para serem testadas na prática. Seja com papel, madeira ou encenação, a ideia se torna algo tangível para que o cliente possa dar feedbacks e a solução seja ajustada. Esse processo se repete até que a inovação se confirme e, só então, será executada de forma consistente e lucrativa. 

 

 

Design thinking etapas 

O design thinking é divido em quatro etapas: 

 

1. Pesquisa: identifique e entenda o problema por meio de entrevistas presenciais, pesquisas aprofundadas, análise SWOT, big data, escuta e observação do usuário, etc.; 

 

2. Síntese: com base nos dados de pesquisa, defina e delimite o problema, entendendo o que precisa ser tratado e resolvido. Essa síntese guiará o processo de criação da solução. Sugestão de ferramentas: diagrama de afinidades, mapa da empatia e golden circle; 

 

3. Ideação: desenvolva e crie hipóteses. É o momento de realizar sessões de brainstorming para discutir ideias a fim de solucionar o problema identificado. A recomendação é que as sugestões fluam sem censura ou medo de estarem erradas. Em seguida, priorizar as melhores soluções. Ferramentas sugeridas: brainstorming, biomimética, matriz de priorização e mapa visual da solução; 

 

4. Implementação: desenhe e entregue soluções. Nesta fase, os protótipos são testados e é escolhido aquele que faz mais sentido ser implementado. Ferramentas indicadas nessa fase: Canvas de proposta de valor, Canvas de modelo de negócio e5W2H. 

 

 

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Isabela Moreira
Repórter do Núcleo de Conteúdo da ESPM
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