Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação e Práticas do Consumo (PPGCOM)

A ESPM é Excelência na CAPES

Mestrado e Doutorado

Corpo Docente

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Eliza Bachega Casadei
Coordenadora do curso
Professores do curso

PROJETOS

Denise Cogo

 

TÍTULO: Mídias, ação coletiva e cidadania de imigrantes internacionais na cidade de São Paulo no contexto da mobilidade Sul-Sul
RESUMO: O projeto de pesquisa visa analisar os usos das mídias por imigrantes internacionais oriundos do Sul global, na cidade de São Paulo, a partir da década de 1990 até os dias atuais, a fim de refletir sobre como as mídias se constituem em espaços políticos e comunicacionais de ação coletiva e cidadã dessas migrações. Busca-se compreender, por um lado, como os processos de produção, gestão e circulação das mídias por coletivos migratórios são configurados, nas últimas décadas, pelos reordenamentos tanto dos movimentos e políticas migratórias globais, nacionais e locais, quanto da comunicação e da cultura digitais. Por outro lado, nosso objetivo é analisar como esses processos possibilitam ou não o engendramento de espaços coletivos de articulação e visibilidade de uma agenda comum de cidadania de movimentos migratórios na cidade de São Paulo, incluindo as questões vinculadas às políticas de identidade raciais e de gênero. O referencial teórico fundamenta-se nas interfaces conceituais entre comunicação, mídia, migrações transnacionais, ação coletiva, identidades culturais e cidadania. A metodologia da pesquisa, de caráter qualitativo, abrange pesquisa bibliográfica e documental, mapeamento e coleta de mídias produzidas por imigrantes, realização de entrevistas semiestruturadas com representantes de coletivos migratórios e observação de espaços de ação coletiva organizados por imigrantes na cidade de São Paulo.

VIGÊNCIA: 01/03/2020 a 29/02/2024

 


 

 

Egle Müller Spinelli

 

TÍTULO: Alfabetização midiática e algorítmica: consumo audiovisual em plataformas digitais e competências para cidadania
RESUMO: Este projeto pretende identificar como os sistemas algorítmicos, incorporados nas plataformas digitais que distribuem vídeo on demand, constroem identidades, mediam e governam o consumo das práticas socioculturais na vida cotidiana dos usuários. A partir do mapeamento dos tipos de situações e espaços que as pessoas e os algoritmos se encontram, será investigado a percepção dos jovens sobre o funcionamento dos algoritmos, sobre a retroalimentação dos bancos de dados nas plataformas e como estes dados interferem na modelagem do algoritmo, dos produtos consumidos e da vida cotidiana. A influência do algoritmo no consumo midiático audiovisual em plataformas digitais será examinada para compreender seu poder social na formação de identidades e averiguar a atuação autônoma da sociedade contemporânea no exercício da liberdade e cidadania. Este trabalho é projetado para mapear uma alfabetização midiática e algorítmica em uma sociedade na qual sistemas de informação e plataformas de mídia digital estão cada vez mais entrelaçadas na vida dos usuários e nas instituições públicas e privadas das quais participam. A natureza da pesquisa é qualitativa e, por meio de levantamento bibliográfico sobre comunicação, consumo, educação e algoritmos propõe-se constituir um arcabouço teórico e metodológico, com o intuito de verificar sentidos atribuídos pela compreensão dos algorítmicos por jovens consumidores nas plataformas digitais, para a constituição de identidades cidadãs e participativas, que possam ser exploradas por professores e gestores em projetos que envolvam alfabetização midiática.

VIGÊNCIA: 01/09/2019 a 01/09/2022

 


 

 

Eliza Bachega Casadei

 

TÍTULO: Convocações ao consumo masculino nas práticas midiáticas: entre as articulações afetivas do consumo e os modelos de virilidade mediados
RESUMO: O presente projeto de pesquisa tem como objeto a variabilidade dos endereçamentos convocacionais ao consumo masculino nas práticas midiáticas desde a perspectiva das modalizações dos afetos mediados. A partir do pressuposto de que os sentidos da masculinidade são constituídos e ressignificados tanto nas experiências particulares e nas práticas sociais quanto nas representações socialmente mediadas do tema nas práticas midiáticas, o objetivo geral é estudar as correlações estético-políticas da masculinidade urdidas nas práticas midiáticas com a proposta de analisar as estratégias de convocação ao consumo masculino articuladas a partir dos afetos. Para isso, utilizaremos os procedimentos metodológicos previstos no campo da Análise Crítica do Discurso em intersecção com os pressupostos da Semiótica dos Afetos. Espera-se, com isso, (1) mapear a forma como os afetos são mediados em publicações voltadas exclusivamente para o consumo masculino; (2) estudar as estratégias de produção de sentido a partir das quais tais afetos estão vinculados a universos de consumo (materiais e simbólicos); (3) analisar como tais estratégias se materializam em formas de convocação para o consumo; (4) comparar as diferentes estratégias mobilizadas para o entendimento de suas especificidades, relacionando-as às modificações tanto das construções discursivas da masculinidade quanto à mudanças nos processos de convocação para o consumo no que se refere à partilha entre os gêneros.

VIGÊNCIA: 01/09/2019 a 01/09/2022

 


 

 

Gabriela M. R. de Almeida

 

TÍTULO: Cinema radical: o audiovisual em contextos de disputas e a crise como prática fílmica
RESUMO: O projeto de pesquisa se debruça sobre o cinema radical, conceito em formulação que diz respeito a práticas audiovisuais contra-hegemônicas marcadas por características como produção coletiva/cooperativada de baixo orçamento e abordagem de questões macro e micropolíticas a partir de um conhecimento situado e de saberes gerados em contextos minoritários. Afirma-se o cinema radical como prática contingente, experiencial e relacional, com o objetivo de discutir seus limites e possibilidades enquanto política da imagem, desobediência epistêmica e cidadania sob a lógica da visibilidade. Toma-se como marcos teóricos principais Jacques Rancière (1996, 2009, 2012, 2014), Hito Steyerl (2010, 2014a, 2014b, 2015), McLagan e McKee (2012) e Canclini (1995, 2005). A proposta, de inspiração metodológica cartográfica, toma como corpus analítico inicial a produção oriunda dos agentes e coletivos integrantes da rede Radical Film Network.

VIGÊNCIA: 01/11/2019 a 01/11/2022

 


 

 

Gisela G. S. Castro

 

TÍTULO: Comunicação, Consumo e Longevidade: as velhices na mídia e a modulação dos significados do longeviver nas lógicas de consumo
RESUMO: Este projeto de pesquisa toma como objeto a modulação dos significados do envelhecimento nos modos de apresentação das pessoas mais velhas no cinema e em diversas produções midiáticas tais como a publicidade, os reality shows, as narrativas ficcionais em série e as redes sociais digitais, dentre outras. Examina-se a articulação comunicação consumo que ensejam tais modos de apresentação visando descortinar as estratégias de mercado e as lógicas que as sustentam. Entendemos que a temática que abordamos é espinhosa, porém consideramos que seja necessária e urgente. Precisamos enfrentar a questão do envelhecimento e do longeviver, problematizando pressupostos e arraigados preconceitos que permeiam o senso comum e informam em grande parte o imaginário sobre os mais velhos em nossas sociedades. Nossa pesquisa tem como objetivo geral refletir sobre o papel do simbólico na experiência vivida de modo a contribuir para a responsabilidade social da comunicação na promoção de formas mais respeitosas e solidárias de viver e atuar no mundo. Como objetivos específicos, pretende-se contribuir para estimular o debate tão atual quanto necessário acerca do preconceito social do idadismo, que tem recebido atenção ainda insuficiente em nosso meio acadêmico e, ainda, contribuir para a constituição de uma visão mais nuançada das velhices, considerando seus diversos intercruzamentos de ordem sociocultural. Denominamos como análise crítica comunicacional a abordagem metodológica que descreve e interpreta cada objeto empírico selecionado com base nos fundamentos teórico-conceituais que alicerçam a pesquisa.

VIGÊNCIA: 13/09/2019 a 13/09/2022

 


 

 

João Anzanello Carrascoza

 

TÍTULO: Publicidade e literatura: novos estudos sobre a lírica do consumo
RESUMO: Nas últmas décadas, a concepção de consumo – o ato de aquisição de mercadorias – se ampliou com as refexões de estudiosos de distntas áreas, como flósofos, antropólogos e sociólogos, sendo entendido hoje como um fenômeno sócio-cultural. Uma das formas de estudarmos o consumo é por meio de retextualização (Betetni) – transposição de um texto (literário, por exemplo) de seu domínio original para outro (o cientfco). Assim como Benjamin se vale dos poemas de Baudelaire para analisar o advento da modernidade, investgaremos o consumo e suas relações com a comunicação publicitária por meio de obras literárias, mobilizando conceitos da Análise do Discurso de linha francesa, da Nova Retórica e da Teoria Literária. Como resultado, pretendemos não apenas a produção e publicação de artgos acadêmicos, mas a elaboração de um material didátco adjuvante ao estudo do consumo nos cursos de graduação e pós-graduação em Comunicação.

VIGÊNCIA: 07/10/2019 a 07/10/2022

 


 

 

 

Márcia Tondato

 

TÍTULO: Processos identitários na sociedade midiatizada: relações sociais, práticas de consumo e atribuições de sentido
RESUMO: Esta pesquisa parte da perspectiva do consumo como constituição das identidades no contexto da sociedade midiatizada. O objetivo é conhecer o consumidor que frequenta espaços caracterizados por práticas de aquisição de produtos diversas das tradicionais (oferta – compra e venda de produtos novos), que se beneficia da mudança da relação produtor-consumidor, do ponto de vista da constituição de uma identidade social. A reflexão se dá com base nas práticas de consumo como lócus de articulação do simbólico e relações com a diversidade de estilos de vida que se nos apresentam a cada dia, entendendo que posicionamentos político-ideológicos também fundamentam as práticas e hábitos de consumo. A proposta é identificar como se dá a atribuição de sentido por parte dos frequentadores de espaços que a princípio identificamos como alternativos de consumo como os brechós, locais de doação de roupas e bens, bazares permanentes, em vista de estilos de vida caracterizados por aspectos de resistência aos hegemonicamente estabelecidos, ou como opção para aqueles sem condições materiais de frequentar o comércio tradicional. Em termos de abordagem metodológica, a aproximação dos sujeitos de interesse se dará por caminhos que priorizem a dedução, em especial, a realização de entrevistas pessoais individuais. O objetivo será coletar informações (hábitos, opiniões, percepções) que possibilitem responder à problematização com base na análise e interpretação das falas destes entrevistados, das representações sociais e narrativas de si. Após o levantamento da oferta dos espaços de interesse na cidade de São Paulo, tomando como critério o zoneamento da cidade: Centro – Leste – Oeste – Sul – Norte, definiremos o recorte de exploração empírica, procurando atender ao menos a três categorizações – interesse ecológico, social/popular e luxo – para então proceder ao conhecimento das dinâmicas dos processos de oferta e aquisição que lá ocorrem. Nesta fase serão realizadas entrevistas com os responsáveis pelos espaços. A abordagem dos frequentadores será feita por meio da aplicação de instrumentos semiestruturados para conhecimento de seus hábitos e opiniões sobre o consumo que lá ocorre. A amostragem será por intencionalidade.

VIGÊNCIA: 01/09/2019 a 01/09/2022

 


 

 

Mônica Rebecca Ferrari Nunes

 

TÍTULO: Memórias do futuro, códigos e consumos: teatralidades steams, textos e espaços
RESUMO: A investigação tematiza a memória na cultura. O objeto teórico diz respeito às articulações entre a codificação da memória e do tempo, com base em Iuri Lótman, e as codificações do retrofuturismo, como fundante para a discussão sobre memórias do futuro. Os objetos empíricos são as narrativas ficcionais steams, indumentárias e artefatos; filmes, animes, produções impressas, textos publicitários; narrativas (presenciais e midiáticas) sobre esperança e risco provocados pelas dinâmicas do espaço social. O objetivo geral é entender como é produzida e codificada a memória do futuro que pode ser materializada seja nas teatralidades steams, seja em textos culturais impressos ou audiovisuais, seja ainda nos espaços sociais, semioticamente compreendido, em que a memória do futuro também se manifesta para o consumo midiático e simbólico-afetivo. Os objetivos específicos são: mapear as conceituações de memória e tempo em Iúri Lótman; identificar processos explosivos (LÓTMAN, 1999) na produção de memórias e consumos de materialidades; coletar e analisar narrativas orais e escritas assim como os indumentos criados pelos steamers; analisar textos culturais midiáticos em que esta memória do futuro podem se manifestar; pesquisar os códigos da memória do futuro no espaço social e discutir os aspectos sociopolíticos que assumem, sobretudo moradia, alimentação e trabalho. Os fundamentos teóricos e metodológicos provêm da Teoria Semiótica da Cultura de Tártu-Moscou em diálogo com autores das Ciências Humanas que investigam a memória assim como os conceitos de retrofuturismo, ucronia, utopia, distopia, heterotopia e retrotopia. Espera-se demonstrar que estes são os códigos para a memória do futuro e que revelam aspectos sociais, políticos, imaginários e simbólicos do que se expecta do futuro nas culturas do consumo.

VIGÊNCIA: 08/10/2019 a 08/10/2022

 


 

 

Rosamaria Luiza (Rose) de Melo Rocha

 

 

TÍTULO: Artivismo musical de gênero em São Paulo: dinâmicas de comunicação, contextos de consumo, políticas de apresentação e audiovisibilidade em um pop encarnado e translocal
RESUMO: São objeto desta pesquisa expressões artivistas contemporâneas de cantores, músicos e musicistas brasileiras/os vinculadas/os ao debate de gênero. Nossa problemática de investigação consiste em refletir criticamente sobre as características, as implicações e as condições atuais do artivismo de gênero imbricado na música brasileira e na cultura pop transnacional, considerando a relação entre políticas de audiovisibilidade, processos de subjetivação e enfrentamento de condições de subalternização/exclusão/vulnerabilidade pela via estética/artística. Nosso objetivo geral é analisar estas expressões audiovisuais em rede que se assumem e se enunciam estética e politicamente na perspectiva de serem ações protagônicas, não essencialistas e anti-canônicas, observando como as questões de gênero impactam e se expressam nestas narrativas. Para esta etapa da pesquisa será priorizado um corpus específico, composto por expressões audiovisuais públicas e autorais (videoclipes, lives, canais próprios em redes sociais) de quatro sujeitos de investigação: a poliartista travesti Linn da Quebrada; o fusion-rapper gay negro Rico Dalasam; a drag diva-pop Gloria Groove e o rapper não-binário Triz Rutzatz, ambos com uma forte vinculação à cidade de São Paulo, às periferias urbanas e, em alguns casos, à cena noturna e ao fervo paulistano. Para responder a nossos problemas de pesquisa utilizamos um protocolo multimetodológico que contempla a análise de material audiovisual selecionado articulada a aportes teóricos advindos de estudos decoloniais, de estudos não essencialistas de gênero, de determinadas teorias da comunicação, da performance e das audiovisualidades.

VIGÊNCIA: 01/09/2019 a 01/09/2022

 


 

 

Tânia Márcia Cezar Hoff

 

TÍTULO: Discursos midiáticos e biopolíticas do consumo: produção de verdade e modos de subjetivação para a gestão da vida
RESUMO: Este projeto de pesquisa vincula-se à linha de pesquisa “Comunicação, consumo e lógicas de produção” e elege como tema as interrelações entre comunicação, consumo e biopolítica no contexto do neoliberalismo contemporâneo (anos 2010). O objeto empírico a ser investigado são os discursos midiáticos, notadamente o discurso publicitário no que se refere à produção de verdade e aos modos de subjetivação. Quanto aos regimes de verdade, buscamos os saberes sobre a vida; já quanto aos modos de subjetivação, detemo-nos modos de gestão da vida, em especial tratamentos práticos para o corpo sob instrução de autoridades, independente da especialidade. Para tanto, o corpus será composto por material de campanhas, peças ou ações de comunicação publicitária, independente do formato, produzidas e divulgadas na década de 2010. Definimos o seguinte problema de pesquisa: Como se constituem as biopolíticas do consumo, considerando suas inter-relações com a governamentalidade, a partir dos regimes de verdade e da produção de subjetividade presentes nos discursos sobre a gestão da vida na comunicação publicitária contemporânea? Assumimos a análise do discurso como principal conduta teórico-metodológica para refletir sobre as relações entre comunicação, biopolítica e consumo, de modo a problematizar a noção de biopolíticas do consumo, considerando suas inter-relações com a governamentalidade, a partir dos regimes de verdade e da produção de subjetividade presentes nos discursos sobre a gestão da vida na comunicação publicitária contemporânea.

VIGÊNCIA: 01/09/2019 a 01/09/2022

Professores visitantes internacionais

Silvia Lago Martinez – Universidade de Buenos Aires (2021)

Isabel Ferin Cunha – Universidade de Coimbra (2021)

Ana Cristina Suzina – Loughborough University London (2020)

Amparo Huertas Bailén – Universidade Autônoma de Barcelona (2019)

Jessica Retis – California State University Northridge (2017)

Doris Vizcarronto – Universidade de Porto Rico (2017)

Joseph Dean Straubhaar – University of Texas at Austin (2017)

Isabel Ferin Cunha – Universidade de Coimbra (2016)

Liderança docente em associações científicas

Profa. Dra. Gisela Castro:

  • Secretária geral da Compós (Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação) – 2017-2019.

Profa. Dra. Denise Cogo:

  • Conselho Consultivo da Diretoria da Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicação em Comunicação Popular, Comunitária e Cidadã (ABPCOM). – 2019 – até o momento

Profa. Dra. Mônica Nunes:

  • Vice-coordenadora do GT de Memória da Compós (Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação) – 2019 – até o momento

Profa. Dra. Gabriela Almeida:

  • Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE), na gestão 2019-2021 e coordenadora do GP Estéticas, Políticas do corpo e Gêneros da Intercom desde 2018, até o momento

Prof. Dr. João Carrascoza:

  • Diretor consultivo da Associação Brasileira de Pesquisadores de Publicidade e Propaganda – 2018 – até o momento